Ginásio tomado por participantes do III EIA |
A abertura do III Encontro Internacional de Agroecologia, na quarta-feira (31), no Ginásio do Colégio Santa Marcelina, em Botucatu-SP, foi inesquecível. Da presença de personalidades da área e autoridades locais, nacionais e internacionais, à homenagem à professora doutora Ana Primavesi – considerada a precursora da Agroecologia, o evento foi marcado pela emoção, reconhecimento e pela grande troca de conhecimento e informações.
O vice-prefeito de Botucatu, professor Caldas, destacou que a Cidade discute e vive a Agroecologia e a agricultura familiar e orgânica. “A grandeza deste encontro (EIA) se confirma. Botucatu agradece pela parceria com grandes e importantes instituições para se firmar como uma Cidade importante no debate e aplicação da Agroecologia”.
Ana Primavesi – considerada a precursora da Agroecologia |
O Professor da Universidade Berkeley (EUA) e coordenador da Sociedade Científica Latino-americana de Agroecologia, Miguel Altieri, reforçou que a transição agroecológica já começou na América Latina e que o III EIA é a oportunidade de continuá-la. “São pessoas e importantes organizações reunidas para finalizar essa transição”, disse.
Paulo Peterson, da Articulação Nacional em Agroecologia (ANA) destacou a importância que a Agroecologia está ganhando. “Está sendo incorporada por instituições e este encontro (III EIA) é importante por possibilitar o debate sobre esse momento de transição, em que o Governo Federal anuncia o lançamento do Programa Nacional de Agroecologia, e que ao mesmo tempo interrompe o programa de reforma agrária. É um momento de avanços e contradições”.
Músicos interpretam músicas do Cancioneiro do EIA |
O economista João Pedro Stédile, representante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) cita que Botucatu é uma trincheira em defesa dos trabalhadores rurais e agricultores familiares contra o agronegócio. “Vamos salvar o planeta da ganância do Capital”.
O representante do Instituto Giramundo e organizador do III EIA, o doutor em Agroecologia, Rodrigo Machado Moreira, citou o crescimento do evento e do tema em relação às edições e anos anteriores, mas lamentou a situação global e nacional em relação ao Ensino da Ciência Agroecológica. “Em um momento em que o império do agronegócio expandiu do agro alimentar para o agro combustível, com a crise sócio-ambiental, no Brasil, mesmo com mais de 600 cursos superior de Ciências Agrárias temos que criar cursos de Agroecologia, pois a ciência parece ser a barreira mais lenta e incorporar os avanços”, declara. "Mas estamos em um momento muito importante para a agroecologia e e o crescimento e maturidade do EIA demonstram isso".
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